Automatismos
- Jaqueline Yukari
- 28 de fev. de 2024
- 2 min de leitura
Atualizado: 29 de fev. de 2024
É quando a gente já fez e nem pensou, foi no “automático”, como dizem algumas pessoas. Nesse automatismo seguimos reproduzindo discursos, modos de vida, pensamentos, ideologias, valores, e por aí vai... quase como se houvesse apenas um caminho a ser trilhado porque já nos disseram antes como fazê-lo. Será preguiça? Desinformação? Ficar na zona cômoda? Medo de fazer diferente? De dar errado? Os motivos podem ser infinitos e há riscos nesse caminho, talvez mais calculados e esperados, do que uma vida criada, inventiva. E um dos perigos de se viver um caminho já trilhado é reduzir a vida e perder um sentido da própria existência.
Ao mesmo tempo, busquei uma outra faceta do automatismo. E encontrei as seguintes definições:
- Propriedade que certos órgãos têm de funcionar ainda que sem várias de suas conexões com o resto do organismo.
- Atividade ou movimento devido a estímulos internos ou externos, independente da vontade e, de certa forma, inconsciente.
O que podemos pensar dessa outra faceta? Me ocorre que seria impossível coordenar todos os nossos órgãos de forma consciente e refletida. Que há movimentos na vida que são imprescindíveis a presença do automático. Também seria uma loucura viver nesse outro polo!
E, no fim, a reflexão terminou em outro lugar. É sobre considerar a existência de muitos tons e nuances. Ver beleza nas várias facetas e nos diversos matizes entre os extremos. Deixo um convite para você refletir em que aspectos da vida a sua percepção se estreitou, enrijeceu, aprisionou... e que você pode colocar novas lentes e usar outras armações! Como trazer o lúdico para nossa vida e resgatar a magia dos infinitos caminhos que podemos criar?

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